O DIA EM QUE DEUS RENUNCIOU

“Então, os anciãos todos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, e lhe disseram: Vê, já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações. Porém esta palavra não agradou a Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos governe. Então, Samuel orou ao SENHOR. Disse o SENHOR a Samuel: Atende à voz do povo em tudo quanto te diz, pois não te rejeitou a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre ele.”  I SAMUEL 8:4-7

Estava fazendo minha devocional pela manhã, quando me deparei com o texto acima muito interessante, e vivendo o nosso país uma fase tão difícil e complicada onde a palavra “impeachment” e “renúncia” se ouvem a cada dia, procurei fazer uma comparação com o que aconteceu com Israel e o Senhor, não querendo aqui fazer qualquer apologia a partidos políticos ou pessoas, senão pura e simplesmente mostrar na história bíblica uma época em que o povo resolve pedir a renúncia do Senhor e o que isso trouxe a eles.

Este tempo na história de Israel, era o tempo dos juízes, quando não havia um rei sobre o povo, mas o Senhor escolhia aqueles que governariam por um tempo, afinal de contas o governo estava com ele, e era ele quem supria e guardava a nação. Todos os juízes até Samuel foram escolhidos por Deus, salvo os filhos de Samuel que foram colocados por ele mesmo (I SM 8:1). O povo irritado pelos desmandos de seus filhos e a passividade de Samuel resolveram de comum acordo, os líderes e o povo, pedir um rei como as outras nações tinham. Somente se esqueceram de que eles não eram como as outras nações, foram gerados por Deus, da pequena família de Abraão, Deus fez uma grande nação com o propósito de ser sua nação, o povo que levaria o seu nome e que mostrariam às outras nações o que é ser governado por Deus. Mas infelizmente depois de verem o problema dos filhos de Samuel resolveram pedir a cassação do mandato de Deus, soberano sobre eles, se esquecendo de que mesmo que Samuel tivesse colocado seus filhos, sempre era Deus que escolhia, como no caso de Eli, que fez a mesma coisa, porém Deus interviu e de uma forma poderosa coloca Samuel como sucessor de Eli e não seus filhos corruptos.

Quando Deus declara para Samuel que não era ele, Samuel, o rejeitado e sim o Senhor, ele abdica, renuncia de seu governo direto sobre o povo de Israel e lhes permite ter o que desejavam, um rei, uma monarquia humana, um governo humano e não mais o de Deus. O interessante é que o Senhor ainda os adverte sobre quais seriam os direitos do rei, que não era apenas uma escolha por um homem, mas por um sistema de governo. E este rei teria os seguintes direitos: “ele tomará os vossos filhos e os empregará no serviço dos seus carros e como seus cavaleiros, para que corram adiante deles; e os porá uns por capitães de mil e capitães de cinquenta; outros para lavrarem os seus campos e ceifarem as suas messes; e outros para fabricarem suas armas de guerra e o aparelhamento de seus carros. Tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras. Tomará o melhor das vossas lavouras, e das vossas vinhas, e dos vossos olivais e o dará aos seus servidores. As vossas sementeiras e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus oficiais e aos seus servidores. Também tomará os vossos servos, e as vossas servas, e os vossos melhores jovens, e os vossos jumentos e os empregará no seu trabalho. Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe sereis por servos.” E mesmo assim o povo insistiu e decididos em seus corações em abandonar o Senhor declararam que queriam mesmo um rei como as outras nações.

Triste este fato, mesmo porque esta história se repete ainda hoje, e não falo de um governo humano, como estamos vendo hoje, pois foi exatamente os direitos e o que o rei faria com o povo é o que os governantes ainda hoje continuam fazendo. Atenho-me é ao fato de continuarmos acreditando que o homem, mortal, pecador, pode resolver o problema de uma nação. Infelizmente não! O único que pode estabelecer um governo de paz, justiça e harmonia é o Senhor. E a cada dia o povo se afasta mais dele, seja em seus lares, em suas empresas, seus estudos, sempre buscando a resposta em alguém, um “salvador da pátria”, se esquecendo de que apenas um é o Salvador e Senhor. Davi teve esta consciência quando ao escolher um castigo devido ao seu pecado (quando fez o senso de Israel sem a ordem de Deus), disse: “Estou em grande angústia; porém caiamos nas mãos do SENHOR, porque muitas são as suas misericórdias; mas, nas mãos dos homens, não caia eu.”

Queridos, o que mais me alegra, é que mesmo que não saibamos escolher, chegará um dia em que o Senhor, independente de uma escolha de homens, colocará sobre toda a terra um único governante, aquele que ele mesmo escolheu um que não governará para impressionar ninguém, não usará sua posição para adquirir favores e privilégios para si ou para seus apadrinhados, mas reinará com justiça e equidade, e o nome deste rei é JESUS, o CRISTO! Ele não será apenas um rei, mas o Rei dos reis e o Senhor dos senhores! Aleluia, glórias a Deus! Que o teu reino venha Jesus!

Pr. Wellington Dias

Diretor Executivo – Cristo Para as Nações

Pastor da Comunidade Evangélica Nova Vida

22 de março de 2019

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